Trajetórias da aptidão cardiorrespiratória na infância e na adolescência com indicadores de função cognitiva na fase adulta: um estudo longitudinal

Objetivo: analisar a relação entre as trajetórias da aptidão cardiorrespiratória (ACR) na infância e na adolescência com indicadores de função cognitiva na idade adulta, e o possível efeito de mediação da ACR, atividade física (AF) e comportamento sedentário (CS) atual (adulto – fase III). métodos: o estudo faz parte do banco de dados do projeto intitulado “aptidão física e prática de esportes na infância e adolescência e fatores de risco biológicos e comportamentais em adultos: um estudo longitudinal de 15 anos”, com delineamento longitudinal, teve sua fase I no ano de 2002, com seguimento até 2006, e a fase II das coletas foi em 2016. Para a fase III, cerca de 150 adultos que participaram das fases I e II, de ambos os sexos, com idade entre 26 e 31 anos serão recrutados. A ACR será obtida por dois procedimentos: o teste de corrida vai e vem de 20 metros (para obter as trajetórias da ACR) e o teste direto de ACR pela determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) que será realizada por espirometria de circuito aberto, com um teste progressivo e máximo em esteira (para atender as análises atuais de mediação). O dinamômetro isocinético para avaliar a força muscular atual será utilizado e a composição corporal será obtida pelo Dxa. A AF e o CS serão estimadas por acelerômetros e informações sociodemográficas serão levantadas por meio de questionário. Para analisar a persistência da ACR (fases I, II e III) serão utilizadas as análises de trajetórias desenvolvimentais a partir da categorização em grupos de indivíduos com características semelhantes, utilizando-se a análise de classe latente. a regressão linear simples será empregada para verificar as relações entre as variáveis no período da infância e adolescência com desfecho na idade adulta. A análise de mediação será realizada com os procedimentos descritos por Baron e Kenny. A significância adotada será de 5%. Resultados esperados: espera-se que o estudo auxilie na compreensão das variáveis estudadas com as funções cognitivas em adultos, além de contribuir para que medidas intervencionistas que possam orientar de maneira adequada a promoção da saúde cognitiva e prevenir o desenvolvimento de doenças degenerativas na população e incentivar ações primárias de saúde e minimizar gastos públicos com doenças.

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